terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Com “injustiças pontuais”, Lista dos Melhores Filmes Brasileiros de Todos os Tempos elaborada pela Abraccine se transforma em um excelente guia para conhecermos melhor o Nosso Cinema

No final da última semana, a Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) divulgou a lista com “Os 100 Melhores Filmes Brasileiros de Todos Tempos”. A eleição contou com a participação de todos os membros da entidade no país, críticos e jornalistas especializados em cinema que elaboraram as suas listas pessoais de filmes favoritos e que serviram de base para estabelecer o posicionamento dos mais votados em um ranking definitivo.

Há quem diga que na “lista das dez coisas mais inúteis para se fazer” o item “elaborar listas sobre qualquer tema” com certeza ocupa uma das cinco primeiras posições. Essa talvez seja uma das “maiores verdades absolutas do mundo”, mas, mesmo assim, somos completamente aficionados por essas listas: os melhores discos ou as melhores canções já gravadas; os maiores atletas ou as melhores equipes esportivas já formadas; os maiores nomes da história da humanidade; e por aí vai... É um mal (ou um bem) necessário! Tanto é que adoramos elaborar as nossas próprias listas e, sobretudo, amamos criticar as dos outros.

Para a equipe do Rotina Cinemeira não podia ser diferente. A relação elaborada e divulgada pela Abraccine, claro, comete as suas “injustiças pontuais”. Mas, sem criticar e desmerecer qualquer um dos títulos incluídos na lista final, concordamos e qualificamos que essa seleção se transformou, desde a sua divulgação, em um excelente guia para conhecermos melhor o nosso cinema e, consequentemente, a sua história. Pela simples curiosidade, muitas pessoas passarão a ter um contato mais íntimo com algumas obras que sequer conheceriam, e vão se surpreender bastante! Alguns dos filmes que foram lembrados são verdadeiros clássicos, muitos deles indispensáveis e obrigatórios para qualquer cidadão brasileiro, seja ele cinéfilo ou não.

Falando propriamente da lista, temos um “ilustre não tão desconhecido” do grande público na primeira posição. Muitas pessoas já tiveram algum contato com “Limite” (1931) de Mario Peixoto, mesmo que sejam por pequenos trechos vistos em documentários sobre cinema ou inserções em outros filmes (como a clássica cena da atriz Olga Bueno e das mãos algemadas, que é constantemente lembrada). O longa-metragem é uma referência cinematográfica mundial e pode sim ser considerado o melhor filme brasileiro de todos os tempos, inclusive pelas polêmicas à época de suas primeiras exibições e pelas décadas de ostracismo até o seu processo de restauro na década de 70, que o requalificaram como uma obra icônica e um verdadeiro patrimônio cultural para o Brasil.

A trama de “Limite” começa com um homem e duas mulheres dentro de um barco à deriva em um infindo oceano. À sua maneira, cada um deles relembra o seu passado recente e narra, a partir de flashbacks, a história de como acabaram chegando até aquela situação, momentos antes da tempestade que acabou os isolando do mundo. Cansados, eles param de remar e se conformam com o cruel destino que a vida lhes reservou. Não há nenhum desejo ou força de vontade para continuarem vivendo e, confrontados por essa situação, as personagens questionam se já alcançaram o limite máximo de suas existências. O filme é uma obra-prima indiscutível e único a ser finalizado por Peixoto em sua carreira de cineasta, infelizmente.

"Limite" (1931) de Mário Peixoto, eleito pelos críticos da Abraccine como o Melhor Filme Brasileiro de Todos os Tempos
Cinédia [br]

“Limite” é o filme que encabeça o ranking dos melhores filmes nacionais de todos os tempos; entretanto, foi o movimento cinematográfico de maior força e ferocidade na história da cena cultural brasileira que emplacou o maior número de trabalhos nesta lista: o Cinema Novo que, entre seus percussores, seus principais nomes e aqueles que verteram para os braços do Movimento Údigrudi (ou Cinema Marginal), nos premiou ao longos das décadas de 50 e 60 com obras magistrais, clássicas e absolutamente incontestáveis. O atributo vociferante e “problematizador” desse movimento vem da época em que o país tinha a urgência de bradar e escancarar tanto as suas conquistas quanto, principalmente, as suas mazelas.

Essa era, então, a atmosfera perfeita para que muitos cineastas se lançassem, começando a propor discussões sobre a crueza da sociedade brasileira através da produção de seus filmes, sempre influenciados de maneira direta pela Nouvelle Vague Francesa e pelo Neorrealismo Italiano. Em consonância indissociável com o lema “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”, o Cinema Novo sempre teve Glauber Rocha como um de seus principais nomes; e foi o diretor baiano que emplacou o maior número de filmes nesta lista dos 100 filmes mais relevantes de nossa história da produção nacional, incluindo o segundo lugar, “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964). Os outros títulos são: “Terra em Transe” (1967); “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro” (1969); “A Idade da Terra” (1980); e o curta-metragem “Di Cavalcanti (Di-Glauber)” (1977).

Continuando com os substanciais e excêntricos expoentes do Cinema Novo Brasileiro, temos também o carioca Joaquim Pedro de Andrade (de “O Padre e a Moça” e “Macunaíma”), o paulistano Nelson Pereira dos Santos (de “Rio 40 Graus” e “Vidas Secas”) e o catarinense Rogério Sganzerla (de “O Bandido da Luz Vermelha” e “Sem Essa, Aranha”) que possuem, cada um, quatro filmes na distribuídos na listagem. Leon Hirszman, de “Eles não Usam Black-Tie” (1981), vem logo na sequência com a menção de três de seus longas. Já Carlos Diegues, Roberto Santos e Ruy Guerra tiveram apenas dois trabalhos lembrados ou integrados à lista final.

"Deus e o Diabo na Terra do Sol" (1964) de Glauber Rocha, obra-prima e referência do Cinema Novo Brasileiro
Banco Nacional de Minas Gerais [br] | Copacabana Filmes [br] | Luiz Augusto Mendes Produções Cinematográficas [br]

Ainda cabe analisar nesta lista o bom desempenho de dois cineastas que possuem carreiras de características totalmente diferentes, mas que, pontualmente, podem se complementar, observando algumas semelhanças nas abordagens temáticas e rotineiras de seus longas-metragens. Tanto a singularidade e a assinatura poderosa de Carlos Reichenbach (que o transformaram em um dos principais nomes da autoral “Boca de Lixo” Paulistana), quanto a rebuscada e opiniática inverossimilhança de um, por vezes, redundante Hector Babenco foram responsáveis por emplacar oito filmes na apreciação do ranking final (com quatro filmes de cada um deles). E tão singulares quanto Reichenbach ou tão expletivos quanto Babenco, estão aqueles cineastas que estabeleceram para suas carreiras uma série de particularidades que acabaram definindo um estilo próprio de filmagem para eles mesmos.

Estes são os casos de José Mojica Marins, criador e intérprete da personagem Zé do Caixão que, por muitos anos, foi o único realizador a se preocupar e a trabalhar com o gênero do terror no Brasil; e de Eduardo Coutinho, uma das figuras mais fantásticas e cativantes do nosso cinema e que, através de seu célebre comportamento de entrevistador que fica sempre por trás das câmeras, registrou e construiu em todos os seus filmes arquivos valiosos, testemunhos e histórias emocionantes que o permitiram entrar para o grupo dos maiores documentaristas do mundo (se não, o maior!). Mojica foi lembrado por três trabalhos: “À Meia-Noite Levarei sua Alma” (1964); “Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver” (1967); e “O Despertar da Besta - Ritual dos Sádicos” (1970). Coutinho também: “Cabra Marcado para Morrer” (1985); “Edifício Master” (2002); e “Jogo de Cena” (2007).

O mais interessante é que, apesar de muitos diretores estarem presentes com dois, três ou quatro trabalhos, podemos dizer que a lista elaborada pela Abraccine é bastante diversificada e, de fato, contempla tudo o que possamos imaginar sobre o valioso Cinema Brasileiro. A seleção contempla muitos curtas-metragens, como o belíssimo “Aruanda” (1960) de Linduarte Noronha; o corajoso “Blábláblá” (1968) de Andrea Tonacci; e o multipremiado “Ilha das Flores” (1989) de Jorge Furtado. Além disso, ela não se prende completamente ao classicismo ou ao “o bom mesmo era o que fazíamos antigamente”. Exemplo disso é que, mesmo não estando representado pelo seu principal ícone de transformação, o filme “Carlota Joaquina: Princesa do Brazil” (1995) de Carla Camurati, o “Período da Retomada” está muito bem ilustrado por “Baile Perfumado” (1997) de Paulo Caldas e Lírio Ferreira, e por “O Viajante” (1999) de Paulo César Saraceni.

Por fim, e para dizer que nunca ficaremos presos no tempo, a lista ainda contempla uma série de produções recentes: tanto de diretores que são mais reconhecidos pela ousadia, como Beto Brant, Laís Bodanzky e Marcelo Gomes, quanto de diretores renomados como o (não tão jovem) Walter Salles e o seu “Central do Brasil” (1998), Fernando Meirelles e o visceral “Cidade de Deus” (2002), e os estrondosos “Tropa 1” (2007) e “Tropa 2” (2010) conduzidos por José Padilha. A lista é tão completa, mas tão completa, que também nos oferece títulos da atual e ainda inacabada década: são os casos de “O Som ao Redor” (2012) de Kleber Mendonça Filho; “O Lobo atrás da Porta” (2013) de Fernando Coimbra; “Tatuagem” (2013) de Hilton Lacerda; e o ainda em cartaz “Que Horas Ela Volta?” (2015) de Anna Muylaert.

"O Som ao Redor" (2012), trabalho mais recente do cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho
Hubert Bals Fund [nl] | CinemaScópio [´br]

Em nossa incansável luta pela valorização do cinema que foi e que ainda será produzido por aqui, esta lista divulgada pela Abraccine se faz completa e totalmente necessária (sempre mantendo no inconsciente as “injustiças pontuais”). Vale lembrar que o levantamento realizado pela Associação foi apenas o “pontapé inicial” do projeto que pretende lançar o livro “Os 100 Melhores Filmes Brasileiros” já no ano que vem. O livro irá reunir artigos e ensaios escritos pelos principais críticos de cinema do país sobre cada um dos filmes mais votados, e ainda será o carro-chefe de uma série de publicações que a entidade promete coordenar a partir deste primeiro trabalho.

E enquanto as prateleiras das livrarias do país não recebem as nossas maiores pérolas das telonas reunidas em uma publicação especial, vamos conferir a lista final com os 100 Melhores Filmes Brasileiros que estarão presentes nela:

001 - Limite (1931) - de Mario Peixoto

002 - Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964) - de Glauber Rocha

003 - Vidas Secas (1963) - de Nelson Pereira dos Santos

004 - Cabra Marcado para Morrer (1985) - de Eduardo Coutinho

005 - Terra em Transe (1967) - de Glauber Rocha

006 - O Bandido da Luz Vermelha (1968) - de Rogério Sganzerla

007 - São Paulo, Sociedade Anônima (1965) - de Luís Sérgio Person

008 - Cidade de Deus (2002) - de Fernando Meirelles e Kátia Lund

009 - O Pagador de Promessas (1962) - de Anselmo Duarte

010 - Macunaíma (1969) - de Joaquim Pedro de Andrade

011 - Central do Brasil (1998) - de Walter Salles

012 - Pixote: A Lei do Mais Fraco (1981) - de Hector Babenco

013 - Ilha das Flores (1989) - de Jorge Furtado

014 - Eles não Usam Black-Tie (1981) - de Leon Hirszman

015 - O Som ao Redor (2012) - de Kleber Mendonça Filho

016 - Lavoura Arcaica (2001) - de Luiz Fernando Carvalho

017 - Jogo de Cena (2007) - de Eduardo Coutinho

018 - Bye Bye Brasil (1980) - de Carlos Diegues

019 - O Assalto ao Trem Pagador (1962) - de Roberto Farias

020 - São Bernardo (1972) - de Leon Hirszman

"Cidade de Deus" (2002) de Fernando Meirelles e Kátia Lund - O2 Filmes [br] | VideoFilmes [br] | Hank Levine Film [de]

021 - Iracema - Uma Transa Amazônica (1975) - de Jorge Bodanzky e Orlando Senna

022 - Noite Vazia (1964) - de Walter Hugo Khouri

023 - Os Fuzis (1964) - de Ruy Guerra

024 - Ganga Bruta (1933) - de Humberto Mauro

025 - Bang Bang (1971) - de Andrea Tonacci

026 - A Hora e Vez de Augusto Matraga (1965) - de Roberto Santos

027 - Rio 40 Graus (1955) - de Nelson Pereira dos Santos

028 - Edifício Master (2002) - de Eduardo Coutinho

029 - Memórias do Cárcere (1984) - de Nelson Pereira dos Santos

030 - Tropa de Elite (2007) - de José Padilha

031 - O Padre e a Moça (1966) - de Joaquim Pedro de Andrade

032 - Serras da Desordem (2006) - de Andrea Tonacci

033 - Santiago (2007) - de João Moreira Salles

034 - O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969) - de Glauber Rocha

035 - Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro (2010) - de José Padilha

036 - O Invasor (2002) - de Beto Brant

037 - Todas as Mulheres do Mundo (1966) - de Domingos de Oliveira

038 - Matou a Família e Foi ao Cinema (1969) - de Júlio Bressane

039 - Dona Flor e seus Dois Maridos (1976) - de Bruno Barreto

040 - Os Cafajestes (1962) - de Ruy Guerra

"Edifício Master" (2002) de Eduardo Coutinho - VideoFilmes [br]

041 - O Homem do Sputnik (1959) - de Carlos Manga

042 - A Hora da Estrela (1985) - de Suzana Amaral

043 - Sem Essa, Aranha (1970) - de Rogério Sganzerla

044 - SuperOutro (1989) - de Edgar Navarro

045 - Filme Demência (1986) - de Carlos Reichenbach

046 - À Meia-Noite Levarei sua Alma (1964) - de José Mojica Marins

047 - Terra Estrangeira (1996) - de Walter Salles e Daniela Thomas

048 - A Mulher de Todos (1969) - de Rogério Sganzerla

049 - Rio Zona Norte (1957) - de Nelson Pereira dos Santos

050 - Alma Corsária (1993) - de Carlos Reichenbach

051 - A Margem (1967) - de Ozualdo Ribeiro Candeias

052 - Toda Nudez Será Castigada (1973) - de Arnaldo Jabor

053 - Madame Satã (2002) - de Karim Aïnouz

054 - A Falecida (1965) - de Leon Hirszman

055 - O Despertar da Besta - Ritual dos Sádicos (1970) - de José Mojica Marins

056 - Tudo Bem (1978) - de Arnaldo Jabor

057 - A Idade da Terra (1980) - de Glauber Rocha

058 - Abril Despedaçado (2001) - de Walter Salles

059 - O Grande Momento (1958) - de Roberto Santos

060 - O Lobo atrás da Porta (2013) - de Fernando Coimbra

"Abril Despedaçado" (2001) de Walter Salles - Bac Films [fr] | Dan Valley Film AG | Haut et Court [fr] | VideoFilmes [br]

061 - O Beijo da Mulher Aranha (1985) - de Hector Babenco

062 - O Homem que Virou Suco (1980) - de João Batista de Andrade

063 - O Auto da Compadecida (2000) - de Guel Arraes

064 - O Cangaceiro (1953) - de Lima Barreto

065 - A Lira do Delírio (1978) - de Walter Lima Jr.

066 - O Caso dos Irmãos Naves (1967) - de Luís Sérgio Person

067 - Ônibus 174 (2002) - de José Padilha e Felipe Lacerda

068 - O Anjo Nasceu (1969) - de Júlio Bressane

069 - Meu Nome é Tonho (1969) - de Ozualdo Ribeiro Candeias

070 - O Céu de Suely (2006) - de Karim Aïnouz

071 - Que Horas Ela Volta? (2015) - de Anna Muylaert

072 - Bicho de Sete Cabeças (2001) - de Laís Bodanzky

073 - Tatuagem (2013) - de Hilton Lacerda

074 - Estômago (2007) - de Marcos Jorge

075 - Cinema, Aspirinas e Urubus (2005) - de Marcelo Gomes

076 - Baile Perfumado (1997) - de Paulo Caldas e Lírio Ferreira

077 - Pra Frente, Brasil (1982) - de Roberto Farias

078 - Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia (1977) - de Hector Babenco

079 - O Viajante (1999) - de Paulo César Saraceni

080 - Anjos do Arrabalde (1987) - de Carlos Reichenbach

"O Auto da Compadecida" (2000) de Guel Arraes - Globo Filmes [br]

081 - Mar de Rosas (1978) - de Ana Carolina

082 - O País de São Saruê (1971) - de Vladimir Carvalho

083 - A Marvada Carne (1985) - de André Klotzel

084 - Sargento Getúlio (1983) - de Hermanno Penna

085 - Inocência (1983) - de Walter Lima Jr.

086 - Amarelo Manga (2002) - de Cláudio Assis

087 - Os Saltimbancos Trapalhões (1981) - de J. B. Tanko

088 - Di Cavalcanti (Di-Glauber) (1977) - de Glauber Rocha

089 - Os Inconfidentes (1972) - de Joaquim Pedro de Andrade

090 - Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1967) - de José Mojica Marins

091 - Cabaret Mineiro (1980) - de Carlos Alberto Prates Correia

092 - Chuvas de Verão (1978) - de Carlos Diegues

093 - Dois Córregos - Verdades Submersas no Tempo (1999) - de Carlos Reichenbach

094 - Aruanda (1960) - de Linduarte Noronha

095 - Carandiru (2003) - de Hector Babenco

096 - Blábláblá (1968) - de Andrea Tonacci

097 - O Signo do Caos (2005) - de Rogério Sganzerla

098 - O Ano em que meus Pais Saíram de Férias (2006) - de Cao Hamburger

099 - Meteorango Kid: O Herói Intergalático (1969) - de André Luiz Oliveira

100 - Guerra Conjugal (1974) - de Joaquim Pedro de Andrade (*)

101 - Bar Esperança, o Último que Fecha (1983) - de Hugo Carvana (*)

(*) Empatados na última posição, com o mesmo número de pontos.

"O País de São Saruê" (1971) de Vladimir Carvalho - Paraíba Produções Cinematográficas [br]

É ISSO! BOAS DESCOBERTAS E BOAS SESSÕES!

VIVA SEMPRE O CINEMA NACIONAL!

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